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1 Laboratório de Produtos Naturais/ Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (LaProN /IMMT), Rua Alcides da Conceição, nº 159 - Novo Cavaleiros - Macaé - RJ

2 Polo Universitário – Campus UFRJ-Macaé, Av. Aluízio da Silva Gomes, 50 – Granja dos Cavaleiros - Macaé - RJ

3 Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé (NUPEM/UFRJ) - Av. São José do Barreto s/n - São José do Barreto – Macaé - RJ

 

Palavras-chave: Mandevilla, anti-inflamatório, anti-hipertensivo, antioxidante



Introdução

Os produtos naturais são utilizados pela humanidade desde tempos remotos devido a suas diversas propriedades medicinais. Os flavonóides, por sua vez, formam uma das classes de metabolitos especiais que abrange um dos principais grupos de moléculas extraídas de produtos naturais com atividade biológica, tornando-se então um importante alvo de estudos. Em contrapartida, a espécie vegetal Mandevilla moricandiana, coletada na Restinga de Jurubatiba, é uma espécie que não possui estudos farmacológicos, surgindo a necessidade de avaliar o potencial terapêutico da espécie citada, bem como a caracterização fitoquímica da planta, especialmente na classe dos flavonoides, além de explorar o potencial medicinal que a Restinga de Jurubatiba tem a oferecer.



Materiais e Métodos

Foram obtidas 248,88 gramas da folha da planta M. moricandiana, as quais foram submetidas ao método de maceração etanol/água (7:3), durante o tempo necessário para a extração. O extrato bruto (EB) resultante foi submetido a partição, alternando-se a polaridade dos solventes, obtendo-se frações desse EB, que foram analisados por CLAE-UV, coluna SUPELCOSIL 18,5 mm, 25 cm x 4,6 mm. Paralelamente, o EB também foi avaliado quanto ao seu potencial farmacológico, inicialmente quanto a atividade anti-hipertensiva, anti-inflamatória e antioxidante, sendo ensaios realizados por equipes parceiras do projeto.



Resultados e Discussão

O EB foi analisado por HPLC-UV, em diferentes concentrações da mistura

acetonitrila-água. Os flavonóides localizados encontravam-se principalmente na fração acetato de etila, com o majoritário correspondendo a 30% dos flavonóides totais, com os max (196, 265, 348 nm), característicos das subclasse das flavonas, flavonóis e chalconas. Tanto os ensaios in vitro quanto in vivo obtiveram resultados bastante promissores quanto aos ensaios anti-hipertensivo (redução de 70%) e anti-inflamatório (redução de 75%). A análise no CLAE-UV demonstrou, para o extrato, uma quantidade considerável de flavonoides totais, utilizando-se uma curva de calibração do flavonoide rutina, este foi calculado em 3,59%(p/p). Após a partição liquido-liquido, a fração acetato de etila concentrou essa classe de compostos e será usada em etapas posteriores para isolamento dos mesmos. Com isso, pode-se sugerir que a quantidade significativa de flavonóides no extrato, unido às suas características farmacológicas, possa ser um dos responsáveis pelo efeito farmacológico da planta.

Conclusões

Muitos trabalhos indicam a variedade de efeitos produzidos pelos flavonóides, como antioxidante, anti-inflamatório, anti-hipertensivo, hipolidemico, entre outros. Com os resultados obtidos, podemos sugerir que os flavonóides possam ser um dos responsáveis pelos efeitos farmacológicos encontrados, dados que podem ser confirmados na literatura. Desta forma, tais resultados tornam-se o ponto de partida para a purificação e identificação do(s) componente(s) responsável por tais efeitos.



Agradecimentos

FAPERJ, FUNEMAC, UFRJ – Macaé, LAPRON/IMMT



AVALIAÇÃO QUÍMICA DO EXTRATO DAS FOLHAS DE Vitex polygama Cham. (VERBENACEAE) COM CLAE-UV.

Alexandre M. R. G. Carneiro (IC)1,2*, Tatiana Konno (PQ). , Ivana Ramos Correia Leal (PQ)2, Michelle F. Muzitano (PQ)2. alexmrgc@gmail.com.

1 Faculdade de Farmácia, UFRJ, Macaé; 2 LAPRON Laboratório de Produtos Naturais do Norte-Fluminense, UFRJ, Macaé; NUPEM, UFRJ, Macaé;

Palavras-chave: Vitex polygama, CLAE-UV, flavonóides, rutina.

Introdução

A Vitex polygama (Verbenaceae) é uma espécie que ocorre principalmente na região sudeste brasileira. Galhos, folhas e frutos são tradicionalmente utilizados pela população como emenagogo, diurético e para tratamento de afecções renais. A Vitex polygama é conhecida por conter flavonoides tais como orientina e isoorientina (flavonas O-glicosídeos) e schaftosídeo e carlinosídeo (C-glicosilflavonas). Estes últimos são possuidores de potente ação antiinflamatória, antinociceptiva e antioxidante[1]. No gênero Vitex também encontramos ecdisteroides tais como 20-hidroxiecdisona (20E), estimulante da síntese proteica encontrada em grande quantidade nos galhos da Vitex polygama [2]. O objetivo do estudo foi avaliar a composição química dos extratos hidroalcoólicos de V. polygama através de CLAE-UV, correlacionando com a literatura científica.



Materiais e Métodos

Os extratos foram obtidos através de três macerações sucessivas das folhas secas e trituradas com etanol:água 10% p/v, obtendo um rendimento de 14,47% de extrato seco. 10mg do extrato foi ressuspendido em 0,5mL de acetonitrila grau HPLC e 0,5 mL de H2O destilada. A corrida foi realizada no equipamento Shimadzu com coluna de fase reversa supelcosil C18 com um gradiente de eluição com acetonitrila (B) e água (A) (0 a 100% B em 42m).



Resultados e Discussão

Foram observados no cromatograma dois picos majoritários (6 e 7) com espectro UV característico de flavonoides [3]. A porcentagem p/p dos flavonoides majoritários (picos 6 e 7) e dos flavonoides totais foi calculada em termos de rutina (curva de calibração da rutina: Área = 1954120 Massa (ug) – 120967,33), obtendo-se os seguintes resultados: pico 6 = 0,66% p/p; pico 7 = 0,528% p/p e flavonoides totais = 1,158% p/p no extrato etanólico. Os tempos de retenção dos picos 6 e 7, respectivamente 20,563 min e 20,939 min foram comparados com o da rutina (Tr=22,56 min) sugerindo que os mesmos possuem um maior grau de oxigenação ou glicosilação que a rutina, que apresenta a posição 3 O-glicosilada com rhamnose-glicose. Analisando o espectro de UV dos flavonoides majoritários foram observadas duas bandas com comprimentos de onda máximos de 270nm (banda II) e entre 330-365nm (banda I) sugerindo serem flavonas ou flavonóis A presença de duas pequenas bandas na região da banda II do espectro UV indica a oxigenação em pelo menos 2 pontos do anel B (posições 4' e 5') [4].



Conclusões

Com este trabalho foi possível obter o perfil químico por CLAE do extrato etanólico de V. polygama coletada na Restinga de Jurubatiba. Esse extrato apresentou como constituintes majoritários os flavonoides. O extrato será fracionado de acordo com os estudos da ação farmacológica que estão em andamento.



Agradecimentos

A minha orientadora Michelle Muzitano pela paciência. A meu pai e minha mãe pela boa educação. A Deus sobre tudo.

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¹ Gallo, M. B. C. Compounds from Vitex polygama active against kidney diseases, Journal of Ethnopharmacology, 2008



2 Gallo, M. B. C. Quantitative determination of 20-hydroxyecdysone in methanolic extract of twigs from Vitex polygama Cham. Journal of Chromatography B, 2006

3 Cunha, A. P. Farmacognosia e fitoquímica. Lisboa, 2009. 238-256 p.

4 Markham, K. R. e Andersen, Ø. M. Flavonoids Chemistry, Biochemistry and Applications. New York, 2006, 16-20 p.

ATIVIDADE LEISHMANICIDA DE COMPOSTOS EXTRAÍDOS DA MACROALGA Stypopodium zonale

Marcella Szlachta Macedo (IC)1*, Deivid Costa Soares (PQ)1, Angélica Ribeiro Soares (PQ)2, Valeria Laneuville Teixeira (PQ)3, Elvira Maria Saraiva (PQ)1
1. Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, UFRJ.

2. Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé (NUPEM), UFRJ.

3. Departamento de Biologia Marinha, Instituto de Biologia, UFF.

Palavras-chave: Leishmanioses, Atividade Leishmanicida, Stypopodium zonale.

Introdução

A leishmaniose é uma doença negligenciada causada por parasitas do gênero Leishmania, que afeta 12 milhões de pessoas no mundo. Os tratamentos disponíveis são de alto custo, apresentam efeitos adversos e induzem resistência. A OMS e DNDi estão estimulando estudos de compostos que possam ser utilizados no desenvolvimento de novos fármacos para quimioterapia contra a leishmaniose. Aqui avaliamos a atividade leishmanicida dos meroditerpenos ácido atomárico e do éster do ácido atomárico (Fig.1), do ácido estipofuranolactona e da peroxilactona do ácido acetilatomárico (Fig. 2) oriundos da alga Stypopodium zonale.


Fig. 1 - Estruturas químicas do ácido atomárico (AAT) e de seu éster, derivado sintético do ácido atomárico (EAA).



Fig. 2 – Estrutura química do meroditerpneo inédito, estipofuranolactona (AES) e do ácido acetilatomárico (PAAC).



Materiais e Métodos

Extração e isolamento dos compostos: AAT foi obtido a partir da extração ácido-base do extrato bruto em CH2Cl2 da alga coletada em Búzios (RJ). A fração ácida foi submetida a cromatografia em coluna o que possibilitou a purificação do composto. O respectivo éster foi obtido a partir de uma reação de esterificação do AAT utilizando BF3:MeOH. 1. Obtenção de PAAC e da AES: O extrato em diclorometano da alga coletada em Marataízes (ES) foi submetido a uma série de cromatografias em colunas sob gel de sílica fornecendo a PAAC (6mg) e o meroditerpeno inédito AES (12mg). Todas as substâncias forma identificadas a partir de análises espectroscópicas1. Atividade anti-promastigotas: Promastigotas de L.amazonensis foram tratados ou não com os compostos. A sobrevivência dos parasitos foi calculada por contagem de células viáveis. Infecção de células: Macrófagos de camundongos BALB/c foram infectados com L. amazonensis conforme descrito2 e posteriormente tratados com os compostos. Citotoxicidade: foi avaliada em macrófagos pelo teste de XTT conforme descrito2. Produção de óxido nítrico: Macrófagos foram ativados ou não com IFN-γ e tratados com os diferentes compostos. Os sobrenadantes foram avaliados utilizando a reação de Griess2.

Resultados e Discussão

Os resultados demonstram que o tratamento com 50µM do AAT e de EAA em formas promastigotas, diminui em 100% e 86%, o crescimento dos parasitos. O tratamento com 10µM de AES e PAAC é mais eficiente, inibindo 100% do crescimento dos promastigotas após 36 horas. Quando avaliamos o efeito em formas amastigotas, o AAT e o EAA apresentam um efeito dose-dependente com um IC50 de 90µM para AAT e de 64µM para EAA. O efeito anti-amastigota de AES e PAAC ainda está sendo avaliada. Não observamos toxicidade dos compostos quando avaliamos a atividade mitocondrial dos macrófagos. Nós observamos que os níveis de NO não foram alterados quando os macrófagos estimulados ou não com IFN-γ foram tratados com AAT. Por outro lado, um aumento significativo na produção de NO foi observado, após o tratamento com EAA em macrófagos não ativados. Porém, este efeito não foi observado em macrófagos ativados com IFN-γ.



Conclusões

Nossos dados apontam a alga S. zonale como fonte promissora de substâncias para desenvolvimento de fármacos para terapia de leishmanioses.



Agradecimentos

CAPES, CNPq e FAPERJ

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Referências Bibliográficas:



1 Soares, A.R. 2005. Produtos naturais da alga parda marinha Stypopodium zonale (Dictyotales, Phaeophyta) do litoral brasileiro. Tese de Pós-Graduação em Química Orgânica, Universidade Federal Fluminense, RJ.

2Ferreira, C., Soares, D. C., Barreto-Junior, C. B., Nascimento, M. T., Freire-de-Lima, L., Delorenzi, J. C., Lima, M. E., Atella, G. C., Folly, E., Carvalho, T. M., Saraiva, E. M. Pinto-da-Silva, L. H. Leishmanicidal effects of piperine, its derivatives, and analogues on Leishmania amazonensis. Phytochemistry. 72: 2155-2164. 2011.

FENÓIS E FLAVONOIDES TOTAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DOS EXTRATOS DE Vernonia polyanthes

Vanessa dos Santos Temponi (PG)¹*, Jucélia Barbosa da Silva (PG)1, Felipe Valente Fernandes (IC)1, Kamilla Morais Rodrigues Coelho (PG)1, Danielle Maria Aragão (PG)2, Rodrigo Luiz Fabri (PG)2, Elita Scio Fontes (PQ)2, Antonia Ribeiro (PQ)2, Maria Silvana Alves (PQ)1, Orlando Vieira de Sousa (PQ)1. E-mail de contato: vanessatemponi@hotmail.com

1Departamento de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Juiz de Fora.

2Departamento de Bioquímica, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora.

Palavras-chave:Vernonia polyanthes; Atividade Antioxidante, Fenóis, Flavonoides.


Introdução

Vernonia polyanthes, pertencente à família Asteraceae, conhecida como assa-peixe, é usada como cicatrizante, anti-inflamatório, diurético, antirreumático e no tratamento de afecções do aparelho respiratório1. Análises fitoquímicas têm revelado a presença de flavonoides, alcaloides, glicosídeos e óleos essenciais1. O objetivo do presente trabalho foi quantificar teores de fenóis e flavonóides totais e avaliar a atividade antioxidante.

Materiais e Métodos

O material vegetal foi coletado no Horto da Faculdade de Farmácia da UFJF, Juiz de Fora, MG. Uma exsicata (nº 10329) foi depositada no Herbário do Departamento de Botânica/UFJF. Após secagem e pulverização, as folhas foram extraídas em etanol sob maceração estática. O extrato etanólico (EE) foi particionado, obtendo as frações hexânica (FH), diclorometânica (FD), em acetato de etila (FA) e butanólica (FB). A atividade antioxidante (AA) foi realizada pelo método 2,2 difenil-1-picrilhidrazilo (DPPH)2 e pelo Poder de Redução3 do Fe+3 através da determinação da concentração efetiva 50% (CE50). Fenóis2 e flavonoides totais4 foram quantificados por espectrofotometria. Os resultados foram demonstrados como média ± erro padrão. Análise de variância seguida de teste de Turkey foram utilizados para p < 0,05.



Resultados e Discussão

A tabela demonstra os teores de fenóis, flavonoides e valores de CE50 da AA pelo Método DPPH e Poder de Redução.




Produtos Testados

Fenóis Totais (g/100g)

Flavonoides (g/100g)

DPPH CE50 (µg/mL)

Poder de Redução

(µg/mL)

EE

4,78±0,02

2,20 ± 0,15

23,45 ±0,14

29,8± 0,09

FH

0,76±0,01

0,26 ± 0,02

75,10±0,24

306,25±1,15

FD

16,93±0,03

0,84 ± 0,03

61,90±0,66

53,29 ±1,03

FA

14,48±0,01

7,73 ± 0,14

4,28 ± 0,06

9,8 ± 0,09

FB

18,63±0,32

4,28 ± 0,17

10,35±0,10

15,71 ±0,05

Rutina

-

-

14,29 ±0,11

8,27 ± 0,25

Ácido Ascórbico

-

-

-

1,73 ± 0,04

As médias são diferentes entre si

Os resultados demonstraram que V. polyanthes é rica em substâncias fenólicas. Os métodos de DPPH e poder de redução têm sido bastante empregados na avaliação da atividade antioxidante5. Entre os antioxidantes naturais, destacam-se os constituintes fenólicos que têm a capacidade de seqüestrar os radicais livres



Conclusões

Os extratos de V. polyanthes constituem uma fonte de substâncias fenólicas com atividades antioxidantes.



Agradecimentos

UFJF; FAPEMIG; CAPES; CNPq.

Referências Bibliográficas:

1Lorenzi, H.; Matos, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil - Nativas e Exóticas. Nova Odessa (SP): Instituto Plantarum, 544 p.2008.

2Sousa et al. Fenóis totais e atividade antioxidante de cinco plantas medicinais. Química Nova, v. 30, p. 351-355, 2007.

3Oyaizu, M. Studies on product of browning reaction prepared from glucose amine. Japan Journal of Nutrition, v. 44, p. 307-315, 1986.

4Sobrinho et al. Validação de metodologia espectrofotométrica para quantificação dos flavonóides de Bauhinia cheilantha (Bongard) Steudel. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 44, p. 683-689, 2008.

5Genovese, M. I. et al. Bioactive Compounds and Antioxidant Capacity of Exotic Fruits and Commercial Frozen Pulps from Brazil. Food Science and Technology International, v. 14, n. 3, p. 207-214, 2008.

ESTUDO DE ATIVIDADE CICATRIZANTE DE EXTRATOS DE PLANTAS DO NORTE FLUMINENSE.

Tathyanna Bichara de Souza Neves (IC)¹*, Jéssica Cok Ventura (IC)¹, Michelle Frazão Muzitano (PQ)2, Ivana Correa Ramos Leal (PQ)2, Tatiana Ungaretti Paleo Konno (PQ)3, Juliana Montani Raimundo (PQ)1, André Gustavo Bonavita (PQ)1.
andrebonavita@gmail.com


1 Laboratório Integrado de Pesquisa (LIP), Campus UFRJ – Macaé.

2 Laboratório de Produtos Naturais (LaProN), Campus UFRJ – Macaé.

3 Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé (NUPEM), Campus UFRJ – Macaé.
Palavras-chave: 1.cicatrização, 2.produtos naturais

Introdução

A cicatrização é um processo envolvendo eventos celulares e moleculares que interagem para que ocorra reparo tecidual após lesão1. Entretanto em certas patologias, como diabetes mellitus e síndrome de Cushing, esse processo é comprometido2. Plantas são fontes de muitos compostos bioativos e muitas já vêm sendo utilizadas pela medicina tradicional para acelerar a cicatrização3. Além disso, o estudo de extratos vegetais no tratamento de doenças vem sendo utilizado no desenvolvimento de novas moléculas com ações sobre alvos específicos4. Deste modo, este trabalho visa buscar atividade cicatrizante de extratos obtidos de espécies botânicas pertencentes do Parque Nacional de Jurubatiba, localizado no Norte Fluminense (RJ).



Materiais e Métodos

Extratos liofilizados de Passiflora mucronata (P. mucronata) e Peplonia asteria (P. asteria) foram diluídos em DMSO no dia do experimento. Para o ensaio de cicatrização foram utilizados ratos Wistar fêmeas pesando 300g. Após anestesia foi realizada ferida no dorso dos animais por excisão utilizando punch dérmico de 10mm. Os animais foram colocados em gaiolas individuais por um período de 24h. O tratamento com os extratos foi feito uma vez ao dia por 3 dias consecutivos na dose de mg/lesão. O grupo controle foi tratado com DMSO. A cinética de cicatrização foi avaliada em um período de 21 dias após a cirurgia. Os dados foram apresentados como percentual de ferida aberta e análises estatísticas foram realizadas no GraphPad Instat onde valores de p<0,05 foram considerados significativos.



Resultados e Discussão

O tratamento com os extratos de P. mucronata e P. asteria acelerou o processo de cicatrização após avaliarmos o percentual da ferida aberta (39,7 ±1,8% e 40 ±4% respectivamente) em relação aos animais controle (57,5 ±6,7%) 5 dias após a indução de ferida. Constatamos ainda que o tratamento com extrato de P. asteria foi capaz de reduzir de forma significativa o tamanho da ferida nos demais tempos analisados. Com relação à completa re-epitelização, o tratamento com ambos extratos reduziu o tempo total necessário (Passiflora mucronata 20 dias, Peplonia asteria 19 dias) quando comparado ao grupo controle (28 dias).



Conclusões

Com base nos dados apresentados, identificamos uma possível ação cicatrizante dos extratos de Passiflora mucronata e Peplonia astera. Testes subseqüentes serão necessários a fim de melhor caracterizar essa atividade e identificar os possíveis compostos ativos e mecanismos de ação.


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Referências Bibliográficas:


1Gurtner GC, Werner S, Barrandon Y, Longaker M. Wound repair and regeneration. Nature: 453: 314-321 (2008).

2Levin ME. Management of the diabetic foot: preventing amputation. Southern Medical Journal: 95: 10–20 (2002).

3Majewska I, Gendaszewska-Darmach E. Proangiogenic activity of plant extracts in accelerating wound healing - a new face of old phytomedicines. Acta Biochim Pol. 58 : 449-60 (2011).

4Calixto BJ, Kassuya ALC, Eunice A, Ferreira J. Contribution of natural products to the discovery of the transient receptor potential (TRP) channels family and their functions. Pharm.& Therap: 106: 179-208 (2005).

5Garros Ide C, Campos AC, Tâmbara EM, Tenório SB, Torres OJ, Agulham MA, Araújo AC, Santis-Isolan PM, Oliveira RM, Arruda EC. Extract from Passiflora edulis on the healing of open wounds in rats: morphometric and histological study. Acta Cir Bras. Suppl 3 : 55-65 (2006).

ANÁLISE FITOQUÍMICA DE AMOSTRAS COMERCIAIS DE JOAZEIRO (Ziziphus joazeiro Mart. – RHAMNACEAE)

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