Livro de resumos


Alan Menezes do Nascimento (IC)¹*, José Celso Torres (PQ)¹, Carlos Alexandre Marques (PQ)1. *E-mail: alanmenezesrj@gmail.com



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Alan Menezes do Nascimento (IC)¹*, José Celso Torres (PQ)¹, Carlos Alexandre Marques (PQ)1. *E-mail: alanmenezesrj@gmail.com.

1 Tecnologia em Química de Produtos Naturais, IFRJ, Campus Nilópolis, Rua Lúcio Taraves, 1045 – Centro - Nilópolis.

Palavras-chave:, Ziziphus joazeiro Mart., controle de qualidade, testes fitoquímicos.

Introdução

O joazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.) é utilizado na medicina popular como expectorante, no tratamento da bronquite e ulceras gástricas, como antiséptico, dentifrício e tônico capilar. Entretanto, por ser comercializado na forma de pós ou “raspas”, este produto pode sofrer contaminação ou adulteração. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo analisar, através de cromatografia em camada delgada e/ou testes fitoquímicos, amostras de joazeiro obtidas no comércio1.



Materiais e Métodos

Foram utilizadas cinco amostras de joazeiro, sendo duas na forma de fragmentos de casca, obtidas no comércio informal de Nilópolis, RJ (amostra 1) e da Bahia (amostra 2). Outras duas na forma de pó, obtidas no comercio formal de Nilópolis, RJ (amostra 3) e informal da Bahia (amostra 4). E a amostra 5, na forma de casca, utilizada como padrão, coletada em Alagoa Grande, PB após prévia identificação da espécie. As amostras foram utilizadas na preparação de extratos etanólicos que posteriormente foram submetidos a cromatografia e aos testes fitoquímicos citados no Quadro 1, realizados de acordo com as metodologias descritas pelos respectivos autores1,2,3.



Resultados e Discussão

Apenas o extrato 2 (Quadro 1), proveniente do material industrializado, apresentou resultado positivo para flavonóides, fato que indica provável mistura de fragmentos da casca com outras partes da planta. Em paralelo, submeteu-se o extrato etanólico da folha de Z. joazeiro ao mesmo teste (Shinoda) que forneceu resultado positivo para flavonóides. Devido a presença de clorofila na amostra 5, usada como padrão, os precipitados obtidos nos testes de Bouchardat e de Mayer (Quadro 1) para presença de alcalóides apresentaram uma coloração esverdeada.


Quadro 1. Resultados de algumas analises

Grupo funcional

Extratos

1

2

3

4

5

Saponinas (Matos, 1997)

+

+

+

+

+

Flavonoides (Shinoda)

-

+

-

-

-

Fenóis e taninos

(Barbosa et al., 2001)



+

+

+

+

+

Alcalóides (Bouchardat)

+

+

+

+

*

Alcalóides

(Mayer)


+

+

+

+

*

Esteróides e triterpenoides

(Lieberman-Burchard)



+

+

+

+

+

* indeterminado

Posteriormente, serão realizados testes histoquímicos utilizando Sudam III, para confirmar ou não a presença de óleos essenciais nas amostras. Os testes para detecção de cafeína, utilizando um padrão comercial, indicaram a presença desse metabólito em quantidade discreta nas amostras analisadas, corroborando com as referências consultadas1.



Conclusões

Os resultados das análises revelam que as amostras são autênticas. Entretanto, a amostra 2 parece estar contaminada ou ter sofrido adulteração. Serão realizadas, posteriormente, análises ao microscópio para esclarecer a provável origem dessa contaminação.



Agradecimentos

Ao CNPq e ao IFRJ pela bolsa de iniciação e pelo apoio financeiro.

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1. KATO, E.T.M. Estudo farmacognóstico da droga e do extrato fluido da raspa-de-juá – Ziziphus joazeiro Martius. LECTA – USF, Bragança Paulista, v. 14, n. 1, p. 09-27, jan/jun. 1996.

2.. BARBOSA. et al. Manual para Análise Fitoquímica e Cromatográfica de Extratos Vegetais. Centro de Ciências da Saúde – UFPA, Belém, 2001.

3. MATOS, F.J.A. Introdução à fitoquímica experimental. Fortaleza, Ed. UFC. 1997.




ALGUMAS ESPÉCIES DE PLANTAS MEDICINAIS PARA UTILIZAÇÃO EM ESCOLAS MUNICIPAIS DO RJ”

Isabella B. Moura (IC)1*, Hannah C. T. Domingos (IC)1, Talita Shewry de Medeiros Rocha (IC)¹, Florence de F. Brasil Vianna (PQ)2 e Ana Maria Landeira-Fernandez(PQ)1

1 Grupo de Pesquisa em Produtos Naturais, Instituto de Bioquímica Médica, bloco H 2 sl 25/ ICB/CCS

e 2Coordenação de Extensão/CCS, UFRJ, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, RJ

*belboaventura@yahoo.com.br
Palavras-chave: plantas medicinais, educação

ambiental, horto orgânico.

Introdução

A fim de preparar mudas de plantas medicinais para serem utilizadas na construção de um horto orgânico e medicinal em escolas da rede pública, foram selecionadas algumas espécies mais populares e plantadas no Horto da Prefeitura da UFRJ. Este projeto visa auxiliar os professores das Escolas Públicas no Ensino de Ciências e despertar o interesse e vocações científicas em alunos dos ensinos fundamental e médio. Os espécimes destas plantas do horto também serão utilizados para o desenvolvimento de experimentos de execução simples, utilizando materiais de fácil acesso.



Materiais e Métodos

Cerca de quarenta (40) mudas foram plantadas em um espaço cedido no Horto da Prefeitura da UFRJ. As plantas foram doadas ou compradas em casas especializadas e a identificação foi feita de acordo com a bibliografia pertinente (1,2). Estas mudas foram fotografadas e foi feito um guia de plantas medicinais que será utilizado como fonte de consulta para o nosso grupo e para os alunos das escolas de ensino fundamental e médio onde o projeto está sendo realizado. As mudas serão levadas para a Escola Municipal Comandante Guilherme Fisher Presser, Tubiacanga, Ilha do Governador, RJ, onde serão utilizadas em diferentes oficinas e experimentos, além de serem plantadas na Horta Medicinal da própria escola.



Resultados e Discussão



Figura 1- Vista geral do canteiro do Horto logo após o plantio

Seguem abaixo fotos feitas no Horto, presentes no guia de plantas medicinais.


Conclusões

Os hortos medicinais podem ser vistos como verdadeiras farmácias vivas, servindo como um espaço de aprendizado para jovens e adultos sobre como usar com responsabilidade, identificar e cultivar as plantas medicinais, regatando os saberes populares e valorizando a cidadania.



Agradecimentos

Horto de Duque de Caxias, RJ e Horto da Prefeitura da UFRJ


Referências Bibliográficas:

1- LORENZI, H. e MATOS, F.J.A.: Plantas Medicinais no Brasil. Plantarum, Odessa: São Paulo, 2ª ed, 2002.;

2-LORENZI, H.: Árvores Brasileiras. Plantarum, Odessa:São Paulo,1992; LAMEIRA, O.A.; PINTO, J.E.B.P: Plantas Medicinais: do cultivo, manipulação e uso à recomendação popular. Embrapa: São Paulo, 2008.


ESTUDO DA FRAÇÃO EM HEXANO DE Piper Cabralanum C.DC. (NANOCÁPSULA) EM LINHAGEM CELULAR K562 Lucena 1.

Monica Regina Pimentel Siqueira (IC)1*, Carla Holandino Quaresma (PQ) 2, Gleyce Moreno (PG)2, Maria Auxiliadora Coelho Kaplan (PQ)3, Márcio Neri (PQ)4, Anderson Mendes (PG) 4, Isabela Huber (IC) 4, Felipe Stanislau Candido( IC)1, Davyson de Lima Moreira(PQ)1. Email: monicarpsiqueira@gmail.com

1 Departamento de Produtos Naturais - Farmanguinhos, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ.

2 Faculdade de Farmácia, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ.

3 Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ.

4 Escola de Química, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ.
Palavras-chave: Piperaceae, Piper cabralanum, Leucemia, K562 Lucena-1.

Introdução

Estudos fitoquímicos de espécies de Piperaceae têm mostrado importantes propriedades farmacológicas, dentre essas, a atividade antitumoral1. A Leucemia é uma doença de caráter hematopoiético onde as células sanguíneas normais têm sua produção comprometida aliada ao acúmulo de blastos leucêmicos anormais na medula óssea2. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade citotóxica da fração em hexano de Piper cabralanum C.DC nanoencapsulada (PCA-Hex nano) em células leucêmicas da linhagem K562-Lucena 1.



Materiais e Métodos

A partir das folhas de PCA foi feito um extrato metanólico (PCA-MeOH) que, posteriormente, foi submetido à partição com n-hexano (PCA-Hex)3. Os métodos escolhidos para avaliar a atividade citotóxica foram o de exclusão por Azul de Tripan e o método do brometo de 3-[4,5-DIMETILTIAZOL-2-IL]-2,5-DIFENIL-TETRA

ZOL. Nanopartículas obtidas a partir da polimerização de metilmetacrilato de metila (PMMA), usando SDS como agente surfactante, foram testadas nas mesmas condições dos extratos e frações.

Resultados e Discussão

K562 Lucena 1 é uma linhagem de eritroleucemia humana que possui características de resistência a múltiplas drogas (MDR), pela superexpressão de Pgp4. Na concentração de 300 mcg/mL de PCA-Hexnano foi possível verificar a morte de 50% das células em apenas 1h de tratamento. Após 24 h de tratamento com


PCA-HEXnano verificou-se a totalidade de células inviáveis em ambos os métodos testados a partir da concentração de 400mcg/mL. As nanopartículas de PMMA foram consideradas atóxicas por não alterarem significativamente a viabilidade da linhagem testada.

Conclusões

Os ensaios de atividade antitumoral com nanopartículas obtidas a partir de PCA-Hexnano mostraram-se muito promissores em linhagens K562 Lucena 1. As Nanopartículas obtidas a partir da polimerização de metilmetacrilato de metila (PMMA) não mostraram ser tóxicas para a linhagem celular nas condições testadas e, portanto, podem ser usadas para nanoencapsular os extratos e frações. Este trabalho multidisciplinar tem o objetivo de produzir um fitomedicamento para o tratamento da leucemia.



Agradecimentos

PIBITI, PIBIC, CNPq

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¹ Yunker, T.G. The Piperaceae of Brazil, Hoehnea, 2: 19-366, 1972.



2 Brown, R.; Khoury, H. Leucemia. In: Govidan, R.; Arquette, M.A. Washington Manual de Oncologia. Washington University School Of Medicine. Guanabara Koogan, p. 292-321. 2004

3 Moreira, D. L.; Fonseca, V. M.; Bhering, C. A.; Vasconcelos, F. G.; Torres-Santos, E. C.; Kaplan, M. A. C. Estudo Químico e da Atividade leishmanicida de frações de Piper cabralanum C.DC. (Piperaceae). Revista Fitos (ALANAC), 5: 92-98, 2010.

4 Rumjanek, V. M.; Trindade, G. S.; Wagner-souza, K.; Meletti-de-Oliveira, M. C.; Marques-Santos, L. F.; Maia R. C. Multidrug resistance in tumour cells: characterisation of the multidrug resistant cell line K562-Lucena 1. An. Acad. Bras. Ciênc. 73(1): 57-69, 2001


ESTABELECIMENTO DA CULTURA IN VITRO DE ABAJERÚ

(Chrysobalanus icaco L.)

Liane Peixoto Rocha (PG)1*, Bianka de Oliveira Soares (PG)1, Mariana Pimenta (IC)1, Juliana Cochofel (IC)1,Luis Gustavo dos Santos (IC)1, Adriano Caldeira de Araujo (PQ)1, Rachel Fatima Gagliardi (PQ)1. *Email: lianepeixoto@hotmail.com


1 Núcleo de Biotecnologia Vegetal – Universidade do Estado do Rio de Janeiro

2 Laboratório de Rádio e Fotobiologia – Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave: planta medicinal, micropropagação, calogênese.

Introdução

Conhecida popularmente como abajerú, Chrysobalanus icaco L., é uma planta le­nhosa, com frutos de polpa comestível. No Brasil, seu potencial econômico é negligen­ci­ado; seu fruto é consumido in natura, ou utili­zado na produção de geléia e licor1. Além disso, muitas propriedades medici­nais têm sido atribuídas ao abajerú, tradi­cionalmente usado na medicina popular. A infusão das folhas vem sendo intensa­mente indicada para tratamento de diabe­tes2 ou pedras nos rins3. A propagação vegetativa utilizando técnicas de cultura de tecidos pode ser um valioso instrumento na multiplicação rápida de mudas, uma vez que o processo con­vencional não atende às necessidades comerciais, por ser muito lento. Este tra­balho teve como objetivo o desenvolvi­mento de sistemas de regenera­ção in vitro a partir de estacas, visando à propagação para estudos fitoquímicos e conservação de germoplasma da espécie.


Materiais e Métodos

As estacas foram coletadas no Parque das Dunas, em Cabo Frio. Os ápices e os dois primeiros nós foram excisados das estacas, e parte da amostra foi tratada com ácido cítrico a 2%, por 18h a 4°C, para o controle da oxidação4. A seguir, os explantes foram lavados com água e detergente por três vezes e submetidos à descontaminação com 0,2% de HgCl2 por 15 minutos e lava­das com água esterilizada. Na sequência, foram inoculadas em meio WPM suple­mentado com PVP 0,25% e BAP em dife­rentes concentrações (0,5; 1; 3; 5mg/L). As culturas foram mantidas em câmara de crescimento, à 28°C±2°C, com fotoperíodo de 16h e intensidade luminosa média 46 µM m-1.s-1 (luz direta), ou 23 µM m-1.s-1 (luz difusa).


Resultados e Discussão

O tratamento com ácido cítrico a 4C favo­receu tanto a descontaminação quanto a taxa de sobrevivência dos explantes, após 30 dias, possibilitando uma redução da contaminação de 60% para 18%, além de aumentar a sobrevivência dos explantes de 8% para 83%. Para o estabelecimento do cultivo in vitro de explantes excisados das estacas de campo foi necessário o controle da oxidação, definido em trabalhos anterio­res, pela utilização de PVP 0,25%. Obser­vou-se uma regeneração incipiente de ge­mas adventícias em resposta ao cultivo em meio MWP suplementado com PVP a 0,25% com incubação à temperatura de 28±2°C e sob luz difusa. A utilização de BAP (1mg/L) induziu a formação de calo de aparência friável em 30% dos explantes e regeneração de gemas adventícias em 5% dos explantes, nas demais concentrações testadas e não houve regeneração. A redu­ção da intensidade luminosa favoreceu a redução da oxidação e aumentou a sobre­vivência dos explantes, já que os explantes mantidos em luz direta oxidaram e após 15 dias de cultivo morreram.


Conclusões

O tratamento com ácido cítrico foi essencial para sobrevivência dos explantes, assim com a redução da intensidade luminosa. A pre­sença de BAP 1 mg/L, suplementando o meio de cultura, induziu o desenvolvimento de gemas e calos friáveis.


Agradecimentos

Apoio: FAPERJ, CNPq e CAPES. À Coordenadoria Geral de Meio Ambiente de Cabo Frio pela autorização de coleta.

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Referências Bibliográficas:



1.Lorenzi, H., Souza H.M. Plantas Ornamentais no Brasil  Arbustivas, Herbáceas e Trepadeiras , São Paulo: Plantarum, 2002. 1° Ed., v. 2. 88-120 p.

2.Costa, O. A. Brazilian plants with hypoglycaemic effects. Leandra 7: 63 - 75. 1977.

3.Bastos, M. N. C. A importância das formações vegetais da restinga e do manguezal para as comunidades pesqueiras. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, ser. Antropologia. 1995. v.11, 41-56 p.

4.Kowalski B., Staden J. van. Cold treatment, as part of the process, improves explant decontamination. Plant Growth Regulation. 1998. v. 26, 203–205 p.


AVALIAÇÃO ESPECTROFOTOMÉTRICA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE Bidens pilosa L.

Ramon Gredilha Paschoal (IC)¹*, Maria do Socorro dos Santos Chagas (PQ)1, Dulcinéia Furtado Teixeira (PQ)¹, Leonardo Lucchetti (PQ)1. lucchetti@far.fiocruz.br

1 Departamento de Produtos Naturais, Farmanguinhos, Fiocruz, Avenida Brasil 4365, Manguinhos, Rio de Janeiro,RJ, CEP 21045-900.
Palavras-chave: Bidens pilosa, poliacetilenos, flavonoides

Introdução

Bidens pilosa (Asteraceae), espécie nativa da América Tropical, heliófila, ruderal, amplamente distribuída em quase todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil1. É uma das 71 plantas medicinais autorizadas pelo Ministério da Saúde (MS) para serem receitadas e distribuídas pelo SUS2, e o uso recomendado pelo MS é no combate a úlceras. Na medicina popular, a decocção das folhas é utilizada para infecções do estômago, além de combater afecções hepáticas, diabetes, angina, dismenorreia, edemas, conjuntivite. Esta planta apresenta acentuada atividade curativa e profilática em modelos de malária experimental3.

Materiais e Métodos

Bidens pilosa foi cultivada na Plataforma Agroecológica (PAF) e coletada no início da floração, em paralelo, plantas nascidas na área circundante à PAF foram coletadas nas mesmas condições. As folhas, raízes e inflorescências dos exemplares cultivados e os de ocorrência espontânea foram secas em estufa com circulação de ar, por 15 dias com temperatura de 370C. Após este tempo foram pulverizadas e armazenadas em frascos âmbar. Partidas de 100g de folhas e raízes, separadamente, foram extraídas utilizando dois métodos: a frio com etanol (maceração dinâmica) e com aparelho de Soxhlet, até o esgotamento. Os extratos foram concentrados utilizando evaporador rotatório, obtendo-se um resíduo pastoso denominado de EEBPC-PAF, para o exemplar cultivado e EEBPE-PAF para o espontâneo. Os extratos de Bidens pilosa cultivada foram analisados em espectrofotômetro UV/Vis para determinação do perfil flavonoídico e poliacetilênico desta espécie, utilizando a concentração de 0,1016mg/ml em metanol.
Resultados e Discussão

Para os exemplares de crescimento espontâneo e cultivado na PAF, foram estudados os rendimentos dos processos extrativos por maceração dinâmica e extração por aparelho de Soxhlet, tanto das partes aéreas quanto das raízes. Nas duas técnicas de extração utilizadas, B. pilosa espontânea apresentou maior rendimento para as partes aéreas (maceração/Soxhlet), respectivamente de 8,5 e 13% do que a cultivada (5 e 9%). Nas raízes não foi observada variação por maceração, mas com Soxhlet o exemplar espontâneo apresentou maior rendimento (4,3%).



Conclusões

Ao término do estudo, concluiu-se que a extração das partes aéreas utilizando o aparelho de Soxhlet produziu um rendimento um pouco maior que a maceração dinâmica, provavelmente devido ao calor presente nesta técnica. Para a extração das raízes não foi observada nenhuma alteração. A análise por UV/Vis permitiu caracterizar a presença de substâncias poliacetilênicas nas amostras EEBPC-PAF de inflorescências e folhas enquanto nas raízes foi possível observar absorbâncias características de flavonóides.



Agradecimentos

Farmanguinhos; CNPq pelo apoio ao trabalho desenvolvido

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Referências Bibliográficas:



1. Mondin, C.A., Bringel Jr., J.B. A., Nakajima, J. Bidens Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

2. Brasil. Portaria nº 971 de 03 de maio de 2006

3. Oliveira, F. Q;. Andrade-Neto, V;. Krettli, A. U;. Brandão, M. G. L New evidences of antimalarial activity of Bidens pilosa roots extract correlated with polyacetylene and flavonoids. Journal of Ethnopharmacology, v. 93, n. 1, p. 39-42, 2004



NEOLIGNANA DE Piper rivinoides

Roberta Silvares Nunes (IC)¹*, Renan Alves de Paiva (PG)¹, André Mesquita Marques (PG)1 , Davyson de Lima Moreira (PQ)2, Maria Auxiliadora Coelho Kaplan (PQ)1 .

*roberta.silvares@yahoo.com.br

1 Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais, Universidade Federal do Rio de Janeiro - Cidade Universitária - Rio de Janeiro/RJ .

2 Farmanguinhos, FIOCRUZ – R. Sizenando Nabuco, 100 – Manguinhos - Rio de Janeiro / RJ

Palavras-chave: Piper, Piperaceae, Neolignana.

Introdução

A família Piperaceae possui 4 gêneros, sendo Piper o mais representativo. A química do gênero Piper tem sido bastante investigada, resultando no isolamento de inúmeras substâncias com atividades biológicas, dentre as quais destacam-se: alcalóides, amidas, propenilfenóis, lignanas, neolignanas, terpenos, esteróides, kavapironas, piperolídeos, chalconas, diidrochalconas, flavonas e flavanonas1. As lignanas e neolignanas são metabólitos frequentes em espécies do gênero Piper. Muitas substâncias estruturalmente diferentes dessa classe química já foram identificadas de plantas da família Piperaceae mostrando que uma grande diversidade de acoplamento químico das duas unidades arilpropanoídicas2. No presente trabalho, destaca-se o isolamento de uma neolignana de P. rivinoides.



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