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Resultados e Discussão

Os extratos mostraram potencial atividade contra mamite. O extrato metanólico de folhas de P. australis foi o mais promissor, sendo o CIM em S. aureus de 125µg, E. coli de 1000µg, S. typhimurium e P. aeruginosai de 500µg. O extrato aquoso de folhas de P. australis apresentou CIM de >1000, 1000, 500 e 1000µg respectivamente. Os resultados para citotoxidez foram expressos em CL50, calculados pelo programa estatístico Probit. Todos os extratos apresentaram CL50 acima da faixa de concentração testada (>1000 g/mL). Esses resultados indicam eficácia e segurança dos extratos.



Conclusões

Os extratos obtidos de P. australis mostraram atividade antimicrobiana e baixa citotoxidez, apontando para uma correta utilização pelos pecuaristas no combate à mamite.



Agradecimentos

Propesq/UFJF pelo apoio financeiro.



1-Pires, M.F.A. et al., Conhecimento e saberes locais: contribuição para a sustentabilidade da agricultura familiar e para o desenvolvimento rural. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AGROPECUÁRIA SUSTENTÁVEL, I, Viçosa, 2009.

2-National Comittee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS), 2002. Performance standards for antimicrobial susceptibility testing. Approved standard M100-512, v. 22, n. 01.

3 Meyer, B.N. et al., Brine shrimp, a convenient general bioassy for active-plant constituents. Planta Med 45: 31-34. 1982

ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DE MÉIS COMERCIALIZADOS EM SÃO JOÃO DE MERITI-RJ.

Víctor de Carvalho Martins (IC)¹*, Gabriel Alves Souto de Aquino (IC)¹, Carlos Alexandre Marques (PQ)¹, José Celso Torres (PQ)¹. victor_ifrj@yahoo.com.br

1Tecnologia em Química de Produtos Naturais. IFRJ, Campus Nilopólis. Rua Lúcio Tavares, 1045, Centro, Nilopólis, RJ.

Palavras-chave: mel, autenticidade, análise físico-química.

Introdução

O mel é um produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas, a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores,1 com alto valor agregado e crescente interesse comercial. Por esta razão, este produto vem sofrendo constante adulteração com a adição de açúcar de cana ou glicose, o que compromete a qualidade do produto e a saúde dos consumidores. O objetivo deste trabalho é determinar, através de métodos físico-químicos, a autenticidade de produtos comercializados como mel no município de São João de Meriti – RJ, tendo como base a Instrução Normativa de nº 11 do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento (2000).



Métodos'>Materiais e Métodos

Foram adquiridas cinco amostras diferentes de méis. As análises de rótulo foram feitas de acordo com recomendação da ANVISA.2 As análises físico-químicas foram feitas seguindo metodologia do Instituto Adolfo Lutz3 e descritas a seguir:

Reação de Lund - precipitação de proteínas por adição de ácido tânico.

Reação de Fiehe - indicação da adição de

glicose através da reação com resorcina.

Reação de Lugol - indicação da adição de glicose ou superaquecimento do mel.

Determinação de pH – determinação da acidez com pHmetro.

Determinação de Acidez Livre – através de titulação ácido-base.



Resultados e Discussão

Na análise preliminar da rotulagem todas as amostras foram aprovadas. Os resultados das análises das propriedades físico-químicas das amostras 1-5 estão dispostos na tabela a seguir (tabela 1):

Tabela 1: Resultados dos testes físico-químicos.

Métodos

1

2

3

4

5

Lund (mL)

1,67

1,00

2,07

1,2

0

Fiehe

Positivo

Positivo

Positivo

Positivo

Positivo

Lugol

Positivo

Positivo

Positivo

Positivo

Positivo

pH

3,82

4,73

4,03

4,10

3,65

Acidez (eq/kg)

47.4786

34.7476

46.1624

60.3799

30.4016

O teste de Lund indicou que apenas a amostra 5 foi reprovada, o que indica ausência de proteínas albuminóides. Em relação às reações de Fiehe e Lugol, o resultado positivo de todas as amostras indicam que houve adição de glicose comercial ou o superaquecimento do mel.3,4 Somente a amostra 2 apresentou valor de pH maior que a faixa estipulada por bibliografia especializada. A determinação de acidez realizada mostra que a acidez da amostra 4 é 20,76% maior que o valor estabelecido.



Conclusões

Os resultados encontrados indicam que os produtos analisados, em sua maioria, não atendem as especificações determinadas pela legislação para garantia da identidade e qualidade do mel. O projeto terá continuidade com a realização de outros métodos físico-químicos.



Agradecimentos

Ao CNPq e ao IFRJ pelas bolsas de IC e o apoio financeiro.

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1. BRASIL. Instrução Normativa nº 11, de 20 de outubro de 2000. Diário Oficial, 23 outubro, Seção 1, p 16-17, 2000.

2. ANVISA. Rotulagem Nutricional Obrigatória: manual de orientação aos consumidores. Universidade de Brasília, 2001.

3. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos Físico-químicos para Análise de Alimentos, São Paulo, ed.4, cap. VI/VII, p. 281-320/321-343, 2008.

4. LEAL, V.M.; SILVA, M.H.; JESUS, N.M. Aspecto Físico-químico do mel de abelhas comercializado no município de Salvador – Bahia. Rev. Bras. Saúde Prod. An., v.1, n.1, p.14-18, 2001.

ESTUDO QUÍMICO DE EXTRATOS DE Solidago chilensis MEYEN

Carvalho, T.S. (IC)1*; Eboli, R.C. (IC)1; Machado, T.S.D. (IC)1; Souza, S.P. (PQ)1,2; Oliveira, T.B.(PQ)1; Valverde, S.S.(PQ)1,2

simonevalverde@far.fiocruz.br

1Instituto de Tecnologia em Fármacos – FarManguinhos (FIOCRUZ), Laboratório de Química de Produtos Naturais. Rua Sizenando Nabuco, 100, Manguinhos - CEP 21041-250. RJ/RJ.

2Instituto Militar de Engenharia – Praça General Tibúrcio, 80, Praia Vermelha, Urca – CEP 22290-270. RJ/RJ.

Palavras-chave: Solidago chilensis Meyen; Fitoquímica; CG/MS; Terpenos.


Introdução

Solidago chilensis Meyen é uma planta medicinal nativa da América do Sul, encontrada na região sudeste do Brasil e é amplamente utilizada pela população em substituição à espécie exógena Arnica montana L.1, sendo denominada arnica brasileira, arnica do Brasil e arnica silvestre.2,3 É uma planta constante no elenco do Memento Terapêutico Programa de Fitoterapia da Prefeitura do Rio de Janeiro, edição 2002. O principal objetivo desse trabalho é contribuir significativamente para o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápico quanto ao perfil cromatográfico qualitativo e quantitativo dos extratos estudados.

Materiais e Métodos

O trabalho está sendo realizado através das análises químicas, físicas, cromatográficas e espectroscópicas dos extratos e fases obtidos de S. chilensis, conforme metodologia desenvolvida no Laboratório de Química de Produtos Naturais (LQPN), Farmanguinhos/Fiocruz.4 Os extratos (padronizados ou não) da espécie em estudo foram obtidos através da extração de suas inflorescências, por esgotamento com solventes orgânicos, concentrados sob pressão reduzida, submetidos à partição líquido-líquido, com solventes de polaridade crescente e analisados através de CG/MS para verificação do conteúdo qualitativo e quantitativo.



Resultados e Discussão

O perfil cromatográfico qualitativo e quantitativo dos extratos estudados foi obtido utilizando-se cromatografia em fase gasosa (CG) associada a um detector de massas (MS). Como condições cromatográficas utilizou-se temperatura da interface em 250°C, fase móvel de hélio, injeção manual, taxa de split de 1/5 e vazão de fluxo de 2,00mL/min. O aquecimento foi feito de maneira linear de 60°C a 280°C, com taxa de 6°C/min, permanecendo nessa temperatura por dois minutos. A separação cromatográfica foi feita com a coluna RTx-5MS de 30mm x 0,25mm x 0,25 micrômetros de espessura, de fase estacionária 5% difenil – 95% dimetilpolisiloxano. O cromatograma apresentado é referente à análise da fase em CH2Cl2 e mostra a solidagenona como substância majoritária, como já havia sido descrito tanto para o extrato bruto de inflorescências4, quanto para os rizomas1 com a grande vantagem de serem, as inflorescências, renováveis no ciclo de vida do vegetal. Entre as substâncias identificadas na fase analisada, encontram-se δ-selineno, cedrenol e palustrol, já descritas anteriormente no gênero Solidago.



Conclusões

A CG/MS permitiu a análise da fase em CH2Cl2, com detecção de vários constituintes químicos de S. chilensis de modo direto e inequívoco; Mostrou a solidagenona (TR.: 23,85min) como substância majoritária da espécie em estudo e apresentou outras substâncias já descritas para o gênero Solidago.



Agradecimentos

Os autores agradecem ao CNPq, FIOTEC, CIEE e Farmanguinhos pelo suporte financeiro.

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1Schmeda-Hirschmann, G., A Labdan Diterpene from Solidago chilensis roots. Planta Medica, 54: 179-180, 1988;

2Lorenzi, H. Plantas Daninhas do Brasil, Nova Odessa. SP.1982;

3Simões, C.M.O. Mentz, L.A., Schenkel, E.P., Irgang, B.E., Stehmann, J.R., Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. 4ª Edição. Editora da UFRGS. 1995.

4Valverde, S.S.; Azevedo-Silva, R.C.; Tomassini, T.C.B. Utilização de CLAE, como Paradigma na Obtenção e Controle do Diterpeno Solidagenona a partir de Inflorescências de Solidago chilensis Meyen (Arnica Brasileira). Rev Bras de Farm, 90(3): 196-199, 2009

ANATOMIA FOLIAR E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Abuta convexa (Vell.) Diels (MENISPERMACEAE)

Mariana Martinelli J. Ribeiro (IC) 1, Simone M. Kitagawa (PG) 1, Maria Carolina Anholeti da Silva (PG) 1, Ana Joffily (PQ) 1, João Marcelo Alvarenga Braga (PQ) 2, Neusa Tamaio (PQ)2, Selma Ribeiro de Paiva (PQ) 1. E-mail: mari_ribeirobr@yahoo.com.br

1 Setor de Botânica, Departamento de Biologia Geral, Instituto de Biologia, UFF. Outeiro de São João Batista, s/n, Campus do Valonguinho, 24020-150. Niterói, RJ.

2 Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, JBRJ. Rua Pacheco Leão, 915. 22460-030. Rio de Janeiro, RJ.
Palavras-chave: Menispermaceae, Anatomia vegetal, Antioxidante.

Introdução

A família Menispermaceae Juss. apresenta cerca de 71 gêneros e aproximadamente 520 espécies de distribuição pantropical. No Brasil ocorrem 16 gêneros e cerca de 110 espécies1. Abuta Barrère ex Aubl. é o maior gênero de Menispermaceae, sendo encontrado na América Central e do Sul2. Do ponto de vista químico, a família é caracterizada pela presença de alcalóides, sesqui- e diterpenos, além de taninos3. Há também a ocorrência de glicosídeos e saponinas4. Este trabalho objetivou descrever a anatomia foliar de Abuta convexa (Vell.) Diels, além de avaliar a atividade antioxidante de extratos polares.



Materiais e Métodos

Para o estudo anatômico foram selecionadas folhas totalmente expandidas e utilizadas técnicas usuais em anatomia vegetal. Para a avaliação da atividade antioxidante foi construída a curva padrão de DPPH e, em seguida, foram feitas as leituras para o extrato metanólico das folhas. A avaliação da atividade antioxidante foi feita em comparação com os dados obtidos para o controle positivo BHT (butil-hidroxi-tolueno). Foram feitos três ensaios independentes em triplicata e a análise foi feita por ANOVA.



Resultados e Discussão

O pecíolo de Abuta convexa é circular, epiderme uniestratificada revestida por tricomas tectores, seguida de colênquima anelar e parênquima clorofiliano. O cilindro vascular apresenta feixes colaterais circundados por esclerênquima e medula parenquimática. Na lâmina foliar, a epiderme é sinuosa com tricomas em ambas as faces e estômatos anomocíticos na face abaxial. O mesofilo é dorsiventral, composto por parênquima paliçádico e lacunoso. A nervura principal é levemente convexa na face adaxial e proeminente na face abaxial e o sistema vascular formado por cinco a seis feixes. Os resultados da atividade antioxidante mostraram que, do ponto de vista cinético, o extrato de folhas apresenta reação rápida em todas concentrações testadas. O extrato de folhas de Abuta convexa apresentou EC50 de 3,002 g extrato/ g de DPPH.



Conclusões

A escassez de registros de estudos químicos para Abuta convexa reforça a importância de seu estudo. A atividade antioxidante apresentou bons resultados quando comparado ao padrão, mostrando um potencial na produção de substâncias com atividade seqüestradora de radicais livres. A caracterização botânica evidenciou aspectos marcantes da família e importantes na diagnose de drogas vegetais.



Agradecimentos

Ao PIBIC/UFF, PROPPi/UFF e JBRJ.

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1 Braga, J.M.A. Menispermaceae. In: Forzza, R.C. et al. (eds.). Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil. vol.2. Andrea Jakobsson Estúdio, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, pp. 1281-1285, 2010.

2 Gentry, A.H. A Field Guide to the Families and Genera of Woody Plants of Northwest South America with Supplementary Notes on Herbaceous Taxa. University of Chicago Press, Chicago, 1993.

3 Stevens, P.F. Angiosperm Phylogeny Website, 2001. (acesso em nov. 2011).

4 Hoehne, F.C. Plantas e substâncias vegetais tóxicas e medicinais. 2ª. Ed. São Paulo: Departamento de Botânica do Estado. 355p, 1978.

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DAS FOLHAS E FRUTOS DE Solanum paniculatum.

Isabella V. de Souza (IC)¹*, Janine G. da Silva (IC)¹, Gabriela R. de Souza (PG)², Antonio Jorge R. da Silva (PQ)², Nancy S. Barbi (PQ)1. isabellasouza92@yahoo.com.br.

1 Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas / Faculdade de Farmácia, UFRJ, Centro de Ciências da Saúde, Bloco A 2º andar, Ilha do Fundão - Rio de Janeiro, 21941-590.

2 Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais, UFRJ, Centro de Ciências da Saúde, Bloco H, Ilha do Fundão - Rio de Janeiro, 21941-590.
Palavras-chave: Solanum paniculatum, atividade antioxidante, DPPH.

Introdução

O gênero Solanum, composto por cerca de 1700 espécies, é um dos maiores do Reino Vegetal e o mais representativo da família Solanaceae1. S. paniculatum L. se destaca pelos seus diferentes usos medicinais, sendo a única representante deste gênero reconhecida como fitoterápico pela Farmacopéia Brasileira primeira e segunda edições. Conhecida como “jurubeba”, as folhas e frutos desta espécie são usados popularmente como tônico e no tratamento de disfunções hepáticas e digestivas2. Considerando o grande número de estudos que associam doenças hepáticas e crônico-degenerativas à ação de radicais livres, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antioxidante, pelo método de sequestro do radical livre 2,2-difenil-1-picril-hidrazila (DPPH), dos extratos aquosos das folhas e frutos de S. paniculatum (SP).



Materiais e Métodos

Cerca de 50 g de folhas e frutos, secos e moídos de (SP) foram extraídos, separadamente, em 500 mL de água destilada por infusão. Os infusos obtidos foram avaliados quanto à atividade antioxidante utilizando DPPH na concentração de 0,1mM. A atividade antioxidante, medida através da diminuição da absorvância de soluções de diferentes concentrações preparadas a partir dos extratos brutos, foi expressa em valores de CE50 (quantidade de antioxidante necessária para reduzir a 50% a concentração inicial de DPPH). Como padrão foi utilizada a rutina. Todas as leituras foram feitas em triplicatas, em espectrofotômetro a 518 nm e os resultados expressos em médias e desvios padrão. As análises estatísticas foram realizadas através do teste t de Student e dados com p menor do que 0,05 considerados significativos.


Resultados e Discussão

Os valores de CE50 encontrados para os extratos aquosos obtidos das folhas e frutos de SP foram de 5,29±0,99 e 40,12±2,40 e do padrão rutina foi de 1,35 ± 0,05 e 2,27± 0,04, respectivamente. A diferença na atividade antioxidante do extrato das folhas de SP não foi estatisticamente significativa quando comparado ao controle positivo rutina (p=0,011). Entretanto, a atividade antioxidante encontrada para o extrato aquoso dos mesmos, considerando o método usado, não foi expressiva, em comparação com as folhas e o padrão rutina.



Conclusões

O extrato aquoso dos frutos mostrou baixa atividade antioxidante pelo método DPPH. Por outro lado, o extrato aquoso das folhas de Solanum paniculatum apresentou potente atividade antioxidante, comparável ao padrão rutina. Dentre os metabolitos especiais, os flavonoides são o grupo que mais expressam tal atividade e, em trabalho anterior realizado por nosso grupo, comprovamos a ocorrência destas substâncias neste extrato³.



Agradecimentos

Apoio CAPES/CNPq.

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Referências Bibliográficas:

¹ Evans, W. C. Trease and Evans Pharmacognosy. 14th ed. Editora Saunders, 1998.

² Nurit, K.; Agra, M. F. e Basílio, I. J. L. D. Revista Brasileira de Biociências, 5(1), 243-245. 2007.

³ Souza, G.R., Soares V., Barbi, N.S., Souza, I.V., Silva, A.J.R. Anais da 35ª Reunião Anual da SBQ, 2012.

EXTRATO ETANÓLICO DE M. moricandiana PROMOVE VASODILATAÇÃO VIA PRODUÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICO

Letícia Lima Dias Moreira Ferreira (PG)1*, Paula Borges de Negreiros e Souza (IC)1, Bruno Meirelles Paes (IC)1, Tatiana Ungaretti Paleo Konno (PQ)2, Ivana Correa Ramos Leal (PQ)3, Michelle Frazão Muzitano (PQ)3, Juliana Montani Raimundo (PQ)1. lldmf@hotmail.com

1 Laboratório Integrado de Pesquisa, Campus UFRJ-Macaé. Rua Aloísio da Silva Gomes, 50. Granja dos Cavaleiros, Macaé, RJ.

2 Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé, Campus UFRJ-Macaé. Av. São José do Barreto, 764. Barreto, Macaé, RJ.

3 Laboratório de Produtos Naturais, Campus UFRJ-Macaé. Rua Alcides da Conceição, 159. Novo Cavaleiros, Macaé, RJ.

Palavras-chave: M. moricandiana, vasodilatação, aorta, óxido nítrico


Introdução

O gênero Mandevilla apresenta várias espécies que já foram estudadas quanto às suas atividades biológicas. Entre os efeitos descritos estão antioxidante, anti-inflamatório e relaxante de vasos isolados de coelho1,2. No entanto, o perfil fitoquímico e farmacológico da espécie Mandevilla moricandiana ainda não é conhecido. Este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos do extrato de M. moricandiana no músculo liso vascular isolado de rato e investigar o seu mecanismo de ação, uma vez que os vasodilatadores são fármacos importantes para o tratamento de doenças cardiovasculares.



Materiais e Métodos

Material vegetal: O extrato etanólico de folhas de M. moricandiana foi gentilmente cedido pelo Laboratório de Produtos Naturais.

Registro de tensão isométrica de aorta: Anéis de aorta (5mm) isolados de ratos Wistar machos (250-280 g) foram posicionados em cubas verticais preenchidas com solução Tyrode modificada e oxigenadas com mistura carbogênica (95% O2 / 5% CO2), à 37ºC. A contratura do músculo liso vascular foi induzida com 10 µM de fenilefrina, seguida da exposição a concentrações cumulativas do extrato (0,1 a 100 µg/ml).

Investigação do mecanismo de ação vasodilatador do extrato: A ação vascular do extrato foi avaliada em anéis com e sem endotélio. Este foi considerado íntegro quando o relaxamento induzido por acetilcolina (10M) foi superior a 80% e sua ausência foi confirmada pelo não relaxamento frente à acetilcolina. Aortas com endotélio foram pré-tratadas (15 minutos) com NG-nitro-L-arginine methyl ester (L-NAME, 100 µM), antagonista da óxido nítrico (NO) sintase, atropina (10 M), antagonista muscarínico, 1H-[1,2,4]oxadiazolo[4,3-a]quinoxalin-1-one (ODQ, 10 µM), inibidor da guanilato ciclase solúvel, e indometacina (10 µM), inibidor da ciclooxigenase.

Resultados e Discussão

O extrato de M. moricandiana produziu relaxamento de forma concentração-dependente dos anéis de aorta com endotélio, com platô estabelecido na concentração de 10 µg/mL (86,47 ± 1,59%, P<0,05). A concentração necessária do extrato para inibir em 50% a contratura máxima induzida pela fenilefrina foi 0,90  0,07 g/ml. O efeito vasodilatador do extrato foi totalmente inibido em anéis de aorta sem endotélio e em aortas com endotélio pré-tratadas com L-NAME e com ODQ indicando o envolvimento da via do NO para o efeito de M. moricandiana. No entanto, o efeito do extrato não foi inibido na presença de atropina ou indometacina.



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